Artigo de Opinião – Por Filipe de Barros, Associado II do Instituto Líderes do Amanhã
Quando surge a decisão de empreender, na maioria dos casos, o empreendedor acaba concentrando todo seu foco no problema que busca resolver. Posteriormente, direciona sua atenção integralmente para a sobrevivência do negócio: formar equipe, equilibrar o orçamento e resolver desafios que surgem com o crescimento.
No livro “Empreendedorismo Disciplinado”, de Bill Aulet, são apresentadas 24 etapas para o sucesso de uma startup. Logo na introdução, uma citação marcante do autor destaca: “Mais fundadores = melhores chances de sucesso”. Entretanto, surge um problema quando, entre tantos sócios, um elemento crucial é negligenciado: o acordo de sócios.
Mas, afinal, o que é o acordo de sócios? Em termos simples, é um documento que define todas as direções e diretrizes do novo empreendimento. Estabelece qual sócio é responsável por cada área, as regras para novos ingressos na sociedade e os procedimentos em caso de saída de um sócio. Trata-se de uma verdadeira bússola societária.
Embora seja possível iniciar a jornada sem ele, ter uma rota bem definida pode prevenir uma série de problemas. Com um acordo que antecipa uma ampla gama de situações, as discussões sobre conflitos podem ser drasticamente reduzidas, economizando tempo e recursos preciosos.
No atual manicômio jurídico e legislativo do Brasil, no qual a interpretação de normas e contratos pode levar um negócio à falência, a utilização dessa ferramenta de gestão se mostra vital. É essencial para preservar uma sociedade promissora e garantir que bons negócios não cheguem ao fim prematuramente.
