Artigo de Opinião – Por Filipe de Barros B. Busatto, Associado II do Instituto Líderes do Amanhã
Desde sempre fui encantado por toda a magia tecida pela Disney em torno de seus filmes e seus personagens memoráveis. Como um admirador fervoroso, aproveitei o lançamento de um novo filme para levar meu filho de três anos para sua primeira experiência no cinema. E para minha surpresa, fomos presenteados com uma lição de ideais liberais, mesmo em meio às acirradas disputas entre a gigante do entretenimento e o Governador em exercício da Flórida.
No filme “Wish: O Poder dos Desejos”, somos imersos em uma trama centrada no Rei Magnífico, soberano do Reino das Rosas, que exige que seus súditos entreguem seus sonhos para ele após atingirem uma certa idade. Depois dessa entrega, os habitantes do Reino das Rosas perdem a lembrança de seus desejos, confiando somente na possibilidade de que o Rei, detentor de um poderoso conhecimento em magia, os realize eventualmente.
A princesa do filme, com pouca noção do que ocorre efetivamente no castelo, se candidata a uma vaga como assistente do Rei e logo percebe que pouquíssimos daqueles sonhos serão de fato realizados. Ela descobre que a prática perpetuada pelo monarca tem o único propósito de manter tudo sob seu controle e garantir que as coisas ocorram conforme sua vontade irracional.
Inconformada com essa situação, a protagonista inicia uma batalha direta com o Magnífico, decidida a libertar os desejos e vontades da população do Reino das Rosas. Nesse percurso, é evidente que o Rei não hesita em utilizar os meios mais maquiavélicos para se manter no poder.
Momentos como este nos proporcionam a oportunidade de ter conversas lúdicas, porém sinceras, com nossos filhos. Explicar as metáforas da animação. Mostrar que somos os únicos responsáveis em alcançar nossos sonhos e nossos objetivos. E quando delegamos isso para terceiros, perdemos o controle e até mesmo a memória sobre o que nos move e o que nos traz paixão para continuar, já que o importante não é só o resultado, mas toda a jornada.
E o mais importante é demonstrar a importância do egoísmo racional e de nunca… Nunca confiar cegamente no governo.