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Resenha – Equipes Brilhantes

Resenha Crítica por Thiago Garcia, Associado I do Instituto Líderes do Amanhã

No livro “Equipes brilhantes”, o autor Daniel Coyle explica o sucesso de determinados grupos de pessoas em detrimento a outros. Trata-se de equipes que obtêm resultados acima das somas das partes, ou seja, quando dois mais dois tem resultado acima de quatro. Durante a pesquisa, o autor visitou diversos grupos que obtiveram sucesso em suas áreas de atuação.

Coyle é jornalista e editor da publicação Outside. Já foi duas vezes finalista do renomado National Magazine Owards, prêmio dedicado a artigos publicados exclusivamente em revistas. É autor de vários livros, com destaque para “O segredo do talento”, publicado em 2014, além de “Equipes brilhantes”, lançado em 2021.

“Equipes brilhantes” consiste na exposição de três habilidades essenciais para criar organizações bem-sucedidas. São elas: (1) construir segurança; (2) compartilhar vulnerabilidades; e (3) estabelecer propósito. Trata-se de ações determinantes em grupos de sucesso, e o autor exemplifica, ao longo do livro, como elas impactam positivamente a dinâmica de uma equipe.

É importante mencionar que reunir pessoas com inteligência acima da média não basta. Sem as três características básicas trazidas por Coyle, muitos times com pessoas inteligentes e capacitadas já falharam na tentativa de atingir seus objetivos.

Sobre a construção de segurança, a primeira habilidade destacada na obra, o autor mostra a importância dos indivíduos se sentirem seguros dentro do grupo. Padrões de interação, revelados em pequenos momentos de conexão social, trazem a noção de pertencimento. Isso traz segurança psicológica para o indivíduo agir na equipe e se conectar sem receios.

Dentre os momentos de interação que trazem segurança, o autor destaca a proximidade física, o contato visual intenso, poucas interrupções e muitas perguntas. Nesse contexto, cabe ao líder encontrar formas de conectar o grupo e desenvolver um ambiente de segurança, algo que Coyle considera uma habilidade fluida, que pode exigir improviso. Isso exige o reconhecimento de padrões, reações ágeis e transmissão do sinal adequado no momento certo.

Criar segurança tem relação com a sintonia em momentos sutis e com a comunicação de sinais dirigidos para pontos críticos. Há gestos e condutas que reforçam essa marca, como: deixar claro que você também pode errar, especialmente se você for um líder; receber bem feedbacks que não são positivos; não ter medo de expressar gratidão; garantir que todos tenham voz; valorizar os momentos de transição.

A segunda habilidade destacada pelo autor é o compartilhamento de vulnerabilidade. Isso é uma marca dentro dos grupos bem-sucedidos, inclusive por parte dos seus líderes. Uma troca compartilhada de fraquezas é a base para a construção de cooperação e confiança. Compartilhar vulnerabilidades, portanto, evidencia a conexão em determinado grupo. Nos estúdios da Pixar, uma das organizações visitadas por Coyle, a chamada BrainTrust – reunião na qual se identifica e analisa defeitos de uma animação – é um exemplo de como essa habilidade impacta ações futuras, uma vez que ela se dá a partir de uma série de feedbacks sinceros.

A troca de fraquezas é uma ação básica na construção da confiança, pois conecta alguém que pede ajuda a alguém que se disponibiliza a ajudar. Algumas formas de desenvolver esses hábitos são: assegurar que o líder seja o primeiro a se mostrar vulnerável com frequência; comunicar as expectativas repetidas vezes; e adotar práticas que estimulem a honestidade dentro do grupo.

A terceira e última habilidade trazida pelo autor é o estabelecimento de propósito. Trata-se da compreensão do objetivo e do propósito da equipe, através da pergunta: “por que fazemos o que fazemos?”. Coyle relata como os grupos visitados “dedicam um tempo surpreendente a contar a própria história, relembrando com precisão o que representam”.

Como resultado, esse ambiente atrai a atenção da equipe e a envolve um torno da meta compartilhada. O propósito ajuda a criar sinalizadores, indica onde se está e aonde se quer chegar, o que promove um vínculo entre presente e futuro. Isso cria um espaço ideal para o surgimento e desenvolvimento da motivação.

A construção de um propósito é, para Coyle “um processo incessante de tentar, fracassar, refletir e, acima de tudo, aprender”. Para auxiliar esse desenvolvimento, o autor apresenta algumas ideias práticas, como nomear as prioridades em uma lista de importância, ser muito claro sobre essas prioridades e avaliar o que realmente importa.

Em resumo, o livro destaca habilidades essenciais para equipes bem-sucedidas de forma clara e objetiva, o que torna a leitura leve e prazerosa. São muitos os exemplos trazidos pelo autor e a riqueza de detalhes impressiona. Trata-se de uma obra que deveria ser apreciada por todos que querem construir, desenvolver e fazer parte de times brilhantes, independentemente da área de atuação.

Autor

Thiago-Ferreira-Garcia

Thiago Ferreira Garcia

Associado I

Grupo 2127

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