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Resenha – A Farmácia de Ayn Rand

Resenha Crítica – Por Leonard Batista, Associado Alumni do Instituto Líderes do Amanhã

O livro “A Farmácia de Ayn Rand” é uma obra publicada por Dennys Xavier em 2021. O texto traz uma longa contextualização sobre os ativadores que moveram Rand a construir o conceito do “Objetivismo”, seus principais valores e suas aplicações na vida humana.

Dennys Garcia Xavier é doutor em filosofia antiga e um dos maiores divulgadores do objetivismo no Brasil. Atua como professor da Universidade Federal de Uberlândia, além de ser protagonista do movimento liberal brasileiro ao apoiar e palestrar em diversas instituições ao redor do país.

Ao abordar o Objetivismo em seu livro, Xavier explica que tal corrente filosófica defende que a realidade é um dado absoluto – que fatos são fatos – e, assim, rejeita a ideia de que a realidade pode ser determinada pela opinião pessoal ou convenção social.

Em sua obra, Xavier aborda a ética do Objetivismo ao exemplificar a negação a um suposto determinismo histórico ou moralidade congênita. Por essa ótica, nenhum ser humano nasce com um tipo de codificação moral ou ética prévia. A própria vida é o mais alto padrão moral do ser humano, segundo Ayn Rand.

Em sua crítica ao coletivismo, o autor utiliza as afirmações de Rand para tecer a ideia de que apenas os seres humanos, como indivíduos, têm o direito de decidir quando, ou se desejam, ajudar alguém; a “sociedade”, como um sistema político organizado, não tem nenhum direito no assunto. De forma mais enfática, afirma que “não existe sociedade” em um claro movimento de afirmação de que existem apenas homens e mulheres individualmente concebidos, com suas consciências, seus interesses, suas limitações e possibilidades.

O autor utiliza o racismo e o capitalismo como exemplos para explorar suas convicções acerca do “Objetivismo”. Em uma crítica aos movimentos históricos que envolvem qualquer tipo de “reparação social”, o autor aborda a frase de Rand: “Você não pode curar racismo com racismo”. Xavier ainda vai além, ao questionar as falácias sobre discriminação no mercado de trabalho e explora os seguintes aspectos essenciais no processo de contratação: (1) a pessoa deve ter habilidade relevante e conhecimento; (2) a disposição do indivíduo em exercer o esforço necessário; e (3) o caráter, honestidade e integridade do indivíduo.

Por fim, ao tratar de felicidade, Xavier afirma que a felicidade não é atingida por meio de extravagâncias emocionais, interesses birrentos, emoções confusas ou concepções tradicionais de uma dada comunidade. Na ótica de Rand, a felicidade é um estado de alegria não contraditória, sem castigo nem culpa, que não entra em conflito nenhum de seus valores e que não contribui para a sua própria destruição. Dessa maneira, afirma: “O único objetivo moral do homem é a felicidade.”

“A Farmácia de Ayn Rand” é uma obra daquelas de se manter na cabeceira da cama para uma leitura constante. Como o próprio subtítulo da obra propõe, o livro traz ao longo de sua leitura doses de anticoletivismo que muitas vezes se torna o antídoto correto para as relações que permeiam a vida humana.

Autor

Leonard-de-Almeida-Batista

Leonard de Almeida Batista

Associado Alumni

Suzano

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