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Resenha – De Zero a Um

Resenha Crítica – Por Efigenia Márlia Brasilino de Morais Cruz, Associada Trainee do Instituto Líderes do Amanhã

Escrito por Peter Thiel, empreendedor e investidor, cofundador da PayPal em 1998 e um dos primeiros investidores do Facebook, a obra “De Zero a Um” é uma recomendação para empreendedores que querem criar inovação, não apenas replicar o conhecimento.

O livro apresenta lições essenciais sobre empreendedorismo e, de forma indireta, sobre economia, uma vez que qualquer empresa precisa observar o cenário econômico para se certificar de que será bem-sucedida a longo prazo. Na própria contracapa do livro, encontra-se uma frase que demonstra o objetivo do autor de transformar os leitores em verdadeiros questionadores sobre quais coisas novas podem ser criadas.

O primeiro capítulo aborda o desafio do futuro e traça alguns pontos de corte, mencionando a origem da globalização e a distinção do tema com a tecnologia. É neste capítulo que o autor cria as fórmulas do “Zero a Um” e “Um a outro ponto”, as quais embasam todo o raciocínio abordado no livro.

De forma brilhante, o Thiel menciona que a tecnologia e a globalização são formas diferentes de progresso, com a tecnologia por vezes mais sustentável, inclusive com o surgimento de novos empreendimentos, ou seja, as startups, que possuem como função principal repensar negócios do zero.

No segundo capítulo, por sua vez, através de dados econômicos, o autor descreve o surgimento do Paypal, seu principal case de sucesso na década de 90, cuja percepção de valor foi distorcida pelo mercado financeiro com o surgimento da era do “ponto com”.

No capítulo três, a grande questão gira em torno da empresa valiosa que ninguém está construindo. O autor trata e instiga as pessoas com exemplos, como a comparação que faz entre empresas aéreas, que muitas vezes possuem lucros baixíssimos, para demonstrar que a grandeza de uma empresa não garante necessariamente sua lucratividade.”

Outro ponto reflexivo está relacionado aos monopólios e às verdades e mentiras criadas a partir deles. De fato, alguns monopolistas mentem e exageram sobre sua concorrência apenas para manter seus monopólios mais lucrativos do que os ambientes de competição. Além disso, esse capítulo leva à reflexão sobre quais pontos de vista tem-se o empreendedorismo, competição e as consequências dos monopólios. Pode-se encerrar esse capítulo com a brilhante frase “o monopólio é a condição de todo negócio bem-sucedido”.

No quarto capítulo, tem-se a introdução de uma reflexão sobre o equívoco no entendimento da concorrência. Com um paralelo, o autor sugere que a concorrência e a competição, são conceitos provenientes de aprendizados equivocados, ensinados a todas as pessoas que os reproduzem sem refletir. Em outro grande exemplo sobre um sistema para pagamentos, o autor aborda a competição imitativa que, além de absurda, é vergonhosa. Porém, a lição que mais impactou foi de que às vezes,  é melhor fundir do que competir.

No capítulo cinco tem-se a verdadeira essência da lucratividade: a capacidade de uma empresa gerar fluxo de caixa. A capacidade de gerar lucro por empresas de tecnologia é muito maior do que os serviços tradicionais. A maior parte das empresas de tecnologia nasce com prejuízos que são recuperados rapidamente a longo prazo.

Por fim, uma excelente reflexão deste capítulo reside nos modelos de negócio e os segredos para sobreviver. Esse certamente foi o capítulo mais interessante do livro, pois as lições são valiosas, especialmente para quem quer criar um negócio.

Abrindo o capítulo seis o autor faz uma indagação sobre o sucesso ser fruto do acaso. Concorda-se com parte do raciocínio do autor, no sentido de que o sucesso nem sempre é acidental. Neste capítulo, há também uma reflexão sobre a dualidade do otimismo versus pessimismo e a reflexão de que as pessoas devem ser boas em alguma função ou exercício profissional.

O capítulo oito pode ser caracterizado pela ausência de curiosidade e de busca pelos segredos. A falta de busca e anseio por descobrir os segredos gera indiretamente pessoas desmotivadas e, s vezes, perturbadas. Procurar segredos em um mundo obscuro não é só um desafio, mas sim uma forma de manter a mente sã.

O capítulo nove retrata uma verdade incontestável: empresas com pilares e fundações fracas não subsistem. Percebe-se que a forma de abordagem do autor também é pautada no desenvolvimento do time e na preservação de boa mão de obra.

Aqui também reside a lógica do crescimento a longo prazo e a compra de ações pelos próprios colaboradores, prática interessante. Os demais capítulos tratam sobre cultura organizacional, processo de venda, trabalho complementar da tecnologia, e também a construção de identidade de uma empresa.

Tais pontos são relevantes para a construção de um negócio de sucesso, rentável, permanente e escalável. Esses, certamente, foram os capítulos mais angustiosos e verdadeiros do livro, trazendo inclusive para a reflexão a narrativa da vida de muitos empreendedores, artistas e mentes brilhantes que estiveram entre a sociedade.

Em resumo, o livro é recomendado para mentes inquietas, ensinando que sem a tecnologia não é possível prosperar e evoluir. É a tecnologia o divisor de águas do século.

Autor

Efigenia

Efigenia Márlia Brasilino de Morais Cruz

Associada Trainee

Docstage Serviços Contábeis Ltda

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