Artigo de Opinião – Por Leonard Batista, Associado Alumni do Instituto Líderes do Amanhã
A recente greve dos metroviários em São Paulo, motivada pelo protesto contra privatizações, trouxe à tona um debate fundamental sobre os benefícios da gestão privada em serviços públicos, em particular no sistema de metrô. Faz-se importante analisar essa questão sob uma ótica liberal, destacar exemplos de países onde a privatização do metrô tem se mostrado eficiente, ao passo que sistemas de transporte público estatal em outras nações têm enfrentado desafios significativos.
Um exemplo notável de sucesso na privatização do metrô é a Linha Amarela em São Paulo. De acordo com Murray Rothbard, economista austríaco, “a propriedade privada leva à eficiência, pois os proprietários têm incentivos para maximizar seus recursos.” Sob gestão privada, a Linha Amarela tem demonstrado notável eficiência na manutenção, pontualidade e satisfação dos usuários. A competitividade entre empresas operadoras impulsiona a inovação e a busca constante pela excelência na prestação de serviços.
Além disso, a experiência internacional também oferece reflexões valiosas. Em Tóquio, o metrô é operado por empresas privadas, como a Tokyo Metro Co., Ltd., e é amplamente reconhecido por sua eficiência e qualidade de serviço. As empresas privadas têm liberdade para tomar decisões rápidas e adaptar-se às necessidades em constante mudança dos passageiros, tornando o sistema de transporte público japonês um dos melhores do mundo.
Por outro lado, países com sistemas de metrô estatais enfrentam desafios significativos. A crise financeira do metrô de Nova York é um exemplo notório de ineficiência estatal. O metrô da cidade tem lutado contra déficits crônicos e falta de investimentos devido à burocracia e à falta de incentivos econômicos para melhorar a qualidade do serviço. Como destacado pelo economista Friedrich Hayek, o socialismo e a propriedade estatal tendem a criar ineficiências devido à falta de concorrência e à ausência de mecanismos de mercado.
No Brasil, as Linhas 8 e 9 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também servem como exemplos de sucesso na privatização. A concessão à iniciativa privada resultou em melhorias substanciais na qualidade do serviço, com investimentos em modernização, segurança e conforto para os passageiros. Essas melhorias foram possíveis devido à competição e ao desejo de lucro das empresas envolvidas.
Em resumo, a privatização do metrô em São Paulo, exemplificada pela Linha Amarela e pelas Linhas 8 e 9 da CPTM, tem demonstrado ser uma abordagem eficaz na prestação de serviços de transporte público. Ao adotar os princípios da Escola Austríaca, que valoriza a liberdade e a eficiência do mercado, pode-se observar que a propriedade privada e a competição incentivam melhorias contínuas na qualidade do serviço. Enquanto isso, sistemas de metrô estatais em outros lugares enfrentam desafios que resultam em serviços de baixa qualidade e custos crescentes. Portanto, a busca pela eficiência e pela satisfação do usuário justifica a consideração e o apoio à privatização do metrô em São Paulo.